Ativistas de movimentos sociais e a 19ª edição do Grito dos
Excluídos foram ás ruas apesar da proibição de máscaras na
manifestação. A polícia apreendeu as máscaras médicas de um grupo de
socorristas voluntários.Relato completo
Diversos protestos pelas ruas do centro
marcaram a manhã deste dia 7 de setembro no Rio de Janeiro. A partir das
10h, movimentos sociais organizaram a 19ª edição do Grito dos
Excluídos. Inicialmente, a polícia fez um cerco à concentração impedindo
que os manifestantes tomassem a pista da Avenida Presidente Vargas.
Após o fim do desfile militar, a passeata seguiu até a estátua de Zumbi
dos Palmares nas proximidades do sambódromo.
Em diversos momentos manifestantes foram
atacados com bombas de gás lacrimogêneo. Uma parte do grupo foi cercada
perto da Praça da República enfrentando dificuldades para chegar até o
final do percurso. Vaias foram ouvidas quando os tanques do Exército e a
Guarda Municipal iniciaram sua apresentação. Já os bombeiros foram
aplaudidos pela população carioca.
Apesar de a maioria presente exibir
faixas com lutas históricas dos movimentos sociais, alguns poucos
mostravam cartazes contra o governo federal e até mesmo pedindo
intervenção militar no país. A grande maioria das vozes exigia uma
explicação para o desaparecimento do morador da favela da Rocinha,
Amarildo, e criticavam o governador Sergio Cabral e o prefeito Eduardo
Paes, além de cantarem contra a realização da Copa do Mundo de 2014 e
das Olimpíadas de 2016.
Um dos organizadores do Gritos dos
Excluídos, Marcelo Durão (MST), disse que a marcha era planejada desde
maio com diversas organizações, mas acredita que as mobilizações de
junho ajudaram na forte participação dos jovens. A edição de 2013 teve
como tema "Juventude que ousa lutar constrói o poder popular", trazendo
para as ruas reivindicações de sindicatos, partidos políticos e
movimentos da cidade e do campo. Entre elas, a reforma agrária, a
reforma urbana, educação, saúde, transporte público e a luta contra a
homofobia, o assassinato da juventude negra, a violência policial e pelo
fim das UPPs.
Antes das 8h, manifestantes se reuniram
na Avenida Passos, local próximo de onde acontecia o desfile militar em
comemoração à independência. Algumas pessoas foram detidas pela polícia
por usarem máscaras. Ao final do desfile, policiais militares
dispersaram um outro protesto na altura da Central do Brasil com violência. Algumas crianças e idosos que acompanhavam o evento ficaram feridos. O repórter Patrick Granja, do jornal A Nova Democracia, foi detido. Um novo confronto ocorreu na Praça Tiradentes.
A proibição de máscaras nas
manifestações prejudicou o trabalho de ajuda aos feridos. A polícia
apreendeu as máscaras médicas de um grupo de socorristas voluntários.
Rede Brasil Atual
Foto: Arthur Willian/RBA
Vía:
http://kaosenlared.net/america-latina/item/67730-rio-de-janeiro-%E2%80%9C7-de-setembro-dos-exclu%C3%ADdos%E2%80%9D.html
A impressao q tenho, é que o governo Cabral esta bastante empenhado em esclarecer o q de fato aconteceu com o amarildo
ResponderEliminar