jueves, 30 de julio de 2015

Brasil-Amazônia: verdades que não se curam...Por Najar Tubino

"A verdade é que em pleno século XXI, da era digital, do celular ligado 24 horas, a Amazônia continua sendo saqueada, como foi nos séculos passados, e por desinformação total, o povo brasileiro adotou o método químico para cuidar de seus males, ajudando a indústria farmacêutica e química mundial, que querem a todo custo se apoderar desse patrimônio."
O povo brasileiro adotou o método químico para cuidar de seus males, ajudando a indústria farmacêutica que contrabandeiam nossa medicina natural.


Por Najar Tubino
Da Carta Maior
O povo Huni Kuin, do rio Jordão no Acre lançou o Livro da Cura, reunindo 109 plantas medicinais da Amazônia e seus usos – uma parceria com o Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Editora Dantes. A tradução de Huni Kuin é o povo verdadeiro e eles formam 33 aldeias no rio Jordão com mais de sete mil habitantes e também vivem no Peru. Mas a verdade é que das 30 mil plantas catalogadas da Amazônia, sendo duas mil espécies medicinais e outras 1.250 aromáticas apenas 2% foram analisadas. O Brasil importa 85% da matéria-prima usada na produção de medicamentos, um setor que no ano passado faturou R$67,5 bilhões no país. O professor aposentado da UNICAMP, Lauro Barata, especialista em botânica, ressalta que apenas as madeiras fazem parte da pauta de exportação da região Norte. As madeireiras já detonaram 3,5 milhões de árvores, sendo que 72% da madeira serrada são de baixo valor agregado.
O Brasil é o país do agronegócio, dos transgênicos das multinacionais, das tecnologias de medicamentos importados, e até mesmo dos fitoterápicos, cuja matéria-prima também é importada – um mercado de R$500 milhões. O faturamento da indústria farmacêutica beira o US$1 trilhão de dólares no mundo e as avaliações são que 7% desse mercado são abastecidos pelos fitoterápicos e pelas plantas medicinais. Desde 2006, o governo federal tenta implantar as metas da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Entretanto, os brasileiros estão viciados em drogas químicas, segundo uma pesquisa do Datafolha sobre saúde e medicalização, realizada em 132 municípios brasileiros, 54% da população toma algum medicamento regularmente – de vitamina a antidepressivo. A consultoria internacional IMS Health avalia que em 2016 seremos o quarto mercado consumidor de medicamentos no planeta.
O Congresso votou pelo saque do patrimônio genético
Além disso, a indústria de higiene, perfumaria e cosméticos faturou em 2014, R$101 bilhões. O Brasil possui 50 mil espécies de plantas, 30 mil na Amazônia, 16 mil na Mata Atlântica e sete mil no cerrado. Nunca desenvolvemos medicamentos usando matéria-prima nativa. A exceção ocorreu em 2005, quando o Laboratório Aché produziu um anti-inflamatório da planta “Cordia Verbenácea”, que está sendo registrado nos Estados Unidos e na Europa. Em 2008, um grupo de pesquisadores lançou um documento em prol da ciência e tecnologia da Amazônia, onde era reivindicado a criação de três novos institutos técnico científicos e três novas universidades, entre outras coisas, um investimento de R$30 bilhões em 10 anos. Pelo menos uma universidade foi criada, a Universidade Federal do Oeste do Pará, com sede em Santarém.
Mas isso não é nada perto do tamanho e a importância da Amazônia. Enquanto a biopirataria saqueia nossas riquezas, assistimos o Congresso Nacional votar uma lei de biodiversidade que privatizaria o patrimônio genético brasileiro. Só não ocorreu o pior porque a presidenta Dilma Rousseff vetou cinco pontos da nova lei. A única coisa que nem os políticos, nem a burocracia oficial, que enquadra o uso de plantas medicinais e produção de fitoterápicos como qualquer outro medicamento – obrigatoriedade de testes de todos os tipos, análise clínica e por aí vai-, conseguiram derrubar é a iniciativa dos povos e comunidades tradicionais, que continuam usando as plantas brasileiras para curar suas doenças. Sem contar que a população pobre não tem dinheiro para comprar químicos.
Falta vontade política
Sempre tem uma banca de ervas em alguma esquina do cerrado, do norte, e do nordeste, além dos mercados públicos do sul e do sudeste, que comercializam plantas, xaropes, pomadas, cremes etc. O pesquisador Juan Revilla, do INPA, também especialista em botânica e representante da região norte junto ao Ministério da Saúde, diz que a inclusão das plantas medicinais e os medicamentos fitoterápicos não é incluída na Atenção Básica do SUS por falta de vontade política. Ele coordena um projeto chamado “Farmácia Viva”, no município de Manaquiri, a 50 km de Manaus, que desde 2006 incentiva à população a usar as plantas medicinais da região. O viveiro conta com mais de 50 mil mudas de 120 espécies produzidas em 150 hectares.
Desde esta época a ANVISA recomenda que os estados e municípios façam inventários, criem grupos de trabalho, estudem sua flora local para incentivar o uso de plantas medicinais e fitoterápicos. A questão para o Brasil deveria ser estratégica, não somente porque temos um território de mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Nos regiões distantes, onde vive a população pobre, os médicos brancos brasileiros não querem trabalhar. Foi o cubano Javier Lopez Salazar, por exemplo, que reintroduziu o uso de plantas medicinais na aldeia Kumenê, do povo Palikur, onde são atendidas 1576 indígenas, a 590 km de Macapá – mais sete horas de barco de Oiapoque.
Há 30 anos, uma missão evangélica destruiu os conceitos dos indígenas e implantou os do cristianismo ocidental, e acabou com o uso das plantas medicinais. Foi Javier quem convenceu as lideranças da aldeia e o pessoal de saúde que era importante retomar o uso das plantas locais. O exemplo dele está sendo divulgado pela Organização Pan-americana de Saúde e a OMS num vídeo reportagem, que faz parte de uma série sobre a atividade dos profissionais do Programa Mais Médicos. O professor Juan Revilla diz que 95% dos problemas do município onde foi implantado o projeto “Farmácia Viva” poderiam ser resolvidos pela Atenção Básica do SUS com as plantas da região. Por sinal, o primeiro curso de Saúde Coletiva, da Universidade Estadual do Amazonas, formará a primeira turma com 22 alunos em 2016.
O sonho do pajé
A história do pajé Agostinho Manduca Ika Muru, do povo Huni Kuin é mais uma iniciativa fora da mediocridade da política brasileira. Por 30 anos, ele anotou em pequenos cadernos as informações sobre as plantas da região e seus usos, consultando outros pajés e os mais velhos. O pesquisador botânico Alexandre Quinet, do Rio de Janeiro encontrou com o pajé em uma de suas viagens e ficou sabendo do seu sonho de fazer um livro, que seria útil para os aprendizes de pajé. Em 2011, eles conseguiram reunir uma equipe de especialistas, incluindo taxonomistas – identificam as plantas – e 22 pajés durante 15 dias. Poucos dias depois Agostinho morreu. No ano passado foi lançado o Livro da Cura, com três mil exemplares, sendo mil produzidos com um material especial, feito a partir de PET, que é impermeável, para distribuição nas aldeias. Das 351 espécies descritas pelos pajés, os pesquisadores coletaram 196 e 109 estão no livro. As amostras devidamente identificadas estão no herbáreo do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.
O saque continua
O IBAMA tem um cálculo antigo que a biopirataria rouba do Brasil em torno de US$6 bilhões por ano em plantas, animais ou fósseis. São clássicos os casos de registros de frutas como o cupuaçu no exterior. Uma substância do veneno da jararaca brasileira, conhecida como captopril, foi sintetizada pelo laboratório americano Bristol Myers Squibb e usada no medicamento Capoten, um regulador da pressão arterial, garantindo vendas de US$5 bilhões no mundo. O pau-rosa é usado como fixador de perfumes desde a década de 1930, e entra na composição do Chanel nº5. Castanhas como a andiroba e o óleo de copaíba estão sendo registrados em várias regiões do mundo. Assim como fizeram com o Curare, que os indígenas usam para amortecer as presas nas caçadas, ou com o ayahuasca, o cipó alucinógeno da Amazônia.
A verdade é que em pleno século XXI, da era digital, do celular ligado 24 horas, a Amazônia continua sendo saqueada, como foi nos séculos passados, e por desinformação total, o povo brasileiro adotou o método químico para cuidar de seus males, ajudando a indústria farmacêutica e química mundial, que querem a todo custo se apoderar desse patrimônio.
Fonte: MST - Brasil

vía:
  http://www.biodiversidadla.org/Principal/Secciones/Documentos/Amazonia_verdades_que_nao_se_curam

Chile: Nuevo plan aumentaría precariedad de pensionados chilenos... Marianela Jarroud





Marianela Jarroud
IPS


La precaria situación de los jubilados en Chile empeoraría aún más si se aprueba una polémica iniciativa, que propone hipotecar sus viviendas para aumentar sus paupérrimas pensiones, la mayoría en manos privadas y que promedian 230 dólares mensuales.

“Este proyecto es una trampa, una pillería”, advirtió a IPS la pensionada Nuvia Zambrano. “Si apenas podemos sobrevivir con nuestras pensiones, ¿cómo pagamos después esa hipoteca? Nuestras casas quedarán para el banco”, alertó esta profesora de biología, en retiro desde hace 10 años.

El proyecto de hipoteca reversa, presentado por legisladores opositores y secundado por oficialistas, establecería un contrato entre el dueño de la vivienda y una institución estatal. Con base en el valor de la propiedad y el cálculo de la expectativa de vida del propietario, se fijarían el periodo de pago y el monto mensual hasta el final de su vida.

El pensionado seguiría viviendo en su hogar hasta el fallecimiento y cuando acaezca, sus herederos pueden pagar el monto entregado al beneficiario para recuperar el inmueble o entregarlo para finiquitar el crédito.

Los especialistas subrayan que, dada la realidad chilena, la implementación de esta iniciativa crearía “una nueva carga psicológica sobre los adultos mayores”, quienes deben vivir sus últimos años con una pensión precaria y llenos de deudas.

El actual sistema de previsión social chileno es de capitalización individual y fue instaurado en 1981 por la dictadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990).

Funciona con la retención del 10 por ciento del salario de los trabajadores, que se destina a una cuenta de ahorro previsional, gestionada por entidades privadas conocidas como Administradoras de Fondos de Pensiones (AFP).

Estos fondos son transformados en activos de acciones de las principales empresas y bancos del país o el extranjero, para que rentabilice y genere ganancias a través de negocios especulativos.

Hasta la fecha, según la no gubernamental Fundación Sol, se han obtenido más de 5.800 millones de dólares como ganancias de este lucrativo negocio de ingreso obligatorio.

Paralelamente, según esta institución de referencia en estudios laborales y educativos, nueve de cada 10 personas jubiladas recibe menos de 230 dólares como pensión, lo que equivale a 66 por ciento del salario mínimo en Chile, que alcanza los 373 dólares.

Anterior a la reforma, operaba el sistema de reparto, un modelo solidario que maneja los recursos a un fondo común para que luego el Estado garantice pensiones dignas.

“En esa época decían que el nuevo sistema era maravilloso. Yo venía llegando de un exilio en Dinamarca y no tenía mucha idea de qué se trataba”, recordó a IPS Marianela Zambrano, hermana de Nuvia.

“Ahora sé que es el robo del siglo, un robo asqueroso, una injusticia”, enfatizó molesta.

Y es que esta profesora de inglés de 62 años y más de 30 años trabajados, recibe hoy una pensión mensual de 334 dólares. Solo en el alquiler de su vivienda gasta 186 dólares por mes.

“Las pensiones no alcanzan para vivir, mejor te dieran un veneno, porque igual te mueres de hambre”, expresó con rabia y dolor.

Actualmente, solo un puñado de países tienen un sistema de pensiones similar al chileno: República Dominicana, Israel, Nigeria, Maldivas, Malawi, Kosovo y Australia, aunque este último asegura para gran parte de sus adultos mayores una pensión básica de 1.000 dólares.

Entre sus vecinos, Argentina transformó en 2008 su sistema mixto en otro único, público, solidario y de reparto, denominado Sistema Integrado Previsional Argentino.

Uruguay, en tanto, posee un modelo mixto, donde convive el sistema de reparto con otro de capitalización individual, modificado en 2005 mediante reformas laborales, que aumentaron los salarios y dieron protagonismo a los sindicatos.

En Chile, en cambio, el sistema instaurado por la dictadura en 1981, opera sin reparos desde hace 35 años y los gobiernos democráticos que se sucedieron desde 1990 no mostraron intenciones de impulsar su reforma estructural.

Los gobiernos de centroizquierda, el actual encabezado por la socialista Michelle Bachelet y el de su predecesor, el derechista Sebastián Piñera (2010-2014), solo introdujeron medidas para apoyar a los excluidos de las AFP.

“Este sistema ha sido tremendamente exitoso en un objetivo: financiar la economía, inyectar de capital fresco para capitalizar empresas o grupos económicos”, explicó a IPS el economista Gonzalo Durán, de la Fundación Sol.

En este país sudamericano, de 17,5 millones de habitantes, las mujeres se jubilan a los 60 años, mientras que los hombres lo hacen a los 65. Sin embargo, en la práctica, hombre y mujeres trabajan activamente, al menos, hasta los 70 años.

Y es que las aseguradoras, fijan la expectativa de vida mediante una tabla de mortalidad, que varía entre otros, según el género.

La esperanza de vida de las mujeres chilenas es de 83 años versus 76 de los hombres, según cifras de la Organización Mundial de la Salud. Sin embargo, las AFP establecen, en promedio, que las chilenas vivirán hasta los 89 años y los chilenos hasta los 85.

Y es su expectativa de vida la que fija el total de años en los que se deberá repartir el ahorro de cada jubilado. Posteriormente, sus herederos podrían heredar una pensión mensual, que la aseguradora establece según el saldo remanente. Esto dependerá de factores como el nivel de estudios de los hijos, entre otros.

Según la Superintendencia de Pensiones, hasta diciembre de 2014 casi siete de cada 10 personas entre 55 y 60 años de edad tenían en su cuenta de capitalización individual unos 30.900 dólares. Esto difícilmente asegura una pensión superior a 155 dólares mensuales.

“El sistema de pensiones tiene un rol preponderante en la concentración de ingresos y la desigualdad, sobre el cual tenemos que debatir”, advirtió Durán.

Agregó que este cumple “una función gravitante en el modelo neoliberal en Chile”.

Durán advirtió que el sistema de AFP no está cumpliendo con el objetivo de entregar seguridad social en Chile, donde la canasta básica familiar supera los 66 dólares mensuales y un medicamento puede costar hasta tres veces más que en Argentina o Perú.

Como consecuencia, los adultos mayores están empobrecidos y deben continuar trabajando con posterioridad a su jubilación para compensar las bajas pensiones. Además deben lidiar con un alto nivel de endeudamiento.

Hasta el momento, la reforma más importante al sistema previsional chileno se realizó en 2008, durante el primer gobierno de Bachelet (2006-2010), e incorporó un pilar básico solidario de 133 dólares para aquellas personas que nunca cotizaron y que integran el 60 por ciento más pobre.

También se incorporó el aporte previsional solidario, que complementa el monto de aquellas pensiones más bajas, y que también beneficia a 60 por ciento más carenciado.

Este escenario “es sospechoso”, afirmó Durán, porque mientras las pensiones son muy bajas “el sistema entrega cuantiosos recursos a la empresa privada”, algo que no sucedería con la implementación de un sistema de reparto.

“Cabe la duda legítima de que no quieren cambiar el sistema para no quitar los recursos que hoy están llegando a las empresas. De confirmarse, esto sería muy grave”, aseveró.

Por ahora, el gobierno asegura que no patrocinará el polémico proyecto, pero los legisladores proponentes subrayan que insistirían en su avance.

http://www.ipsnoticias.net/2015/07/nuevo-plan-aumentaria-precariedad-de-pensionados-chilenos/

vía:

http://rebelion.org/noticia.php?id=201348

Sociedad: Entrevista a Atilio Borón ...


Argentina: Acindar, 2015....Por Carlos Del Frade



Por Carlos Del Frade

(APe).- -Hay alrededor de mil doscientos trabajadores efectivos y otros tantos tercerizados… por eso sentimos que los despidos que sufrimos a principios de julio tienen la idea de dejar una huella para disciplinar a estas nuevas generaciones de obreros que vuelve a discutir condiciones de trabajo…-dice Matías Rufini, uno de los delegados de base e integrante de la Comisión Interna de Acindar, la empresa siderúrgica que ahora responde al grupo hindú Arcelor Mital.

En estos días, una vez más, como a lo largo de los últimos cuarenta años, Acindar produjo el despido de doce trabajadores y, en forma paralela, las familias de los trabajadores salieron a las calles de Villa Constitución, en el sur de la provincia de Santa Fe, a reclamar por la continuidad laboral.

Las fotografías volvieron a mostrar chicas y chicos, gurrumines que levantan papeles afiches con las leyendas que piden por la devolución del trabajo para sus padres.Esas imágenes tienen parientes cercanos en el proceso de la vida de un pueblo.

En 1991, por ejemplo, la fábrica tenía 3.600 trabajadores. Hoy, con menos de la mitad de obreros, la producción aumentó y también creció la tercerización.

A principios del tercer milenio, las luchas volvieron ante la indignación que generaron distintas muertes de trabajadores por falta de inversión en seguridad industrial.

Por eso Acindar, más allá de los cambios de firmas, parece seguir marcando pautas culturales entre las grandes empresas argentinas.

No es casualidad. Forma parte de la evolución social argentina.

Cuatro décadas atrás, su poder quedó marcado a fuego en la memoria de las mayorías.

En aquellos días de 1975, José Alfredo Martínez de Hoz era el gerente general de Acindar. Ya era conocido en el mundo obrero pero mucho más en los sectores dominantes de la Argentina. Su rol fue clave en la provincia de Tucumán, durante la primera parte de los años sesenta, cuando recomendó el cierre de ingenios azucareros que, tiempo después, generaría convulsiones sociales que fueron graficadas en la muestra artística impulsada por la CGT de los Argentinos en Rosario que se llamó “Tucumán Arde”.

En abril de 1974, uno de los hechos sociales, gremiales y políticos de mayor trascendencia tuvo lugar en Villa Constitución: el Villazo. El abrazo de toda la comunidad al triunfo de la Lista Marrón en la interna de la poderosa Unión Obrera Metalúrgica. La figura de Alberto Piccinini, junto a la de Agustín Tosco, René Salamanca, Raimundo Ongaro y Néstor Mouglia, generaba el repudio de las grandes patronales.

El 20 de marzo de 1975, los grandes empresarios de la zona invirtieron 200 dólares por cabeza para pagar a 4 mil asesinos la invasión de la ciudad obrera, la conversión del viejo albergue de solteros de la fábrica en uno de los primeros centros clandestinos de detención del país y la desaparición de casi setenta trabajadores a partir de aquel momento.

Eran los días del gobierno de María Estela Martínez de Perón, “Isabelita”, y aquella invasión a Villa Constitución presentaba en sociedad el terrorismo de estado, pensado desde los delincuentes de guante blanco, los grandes patrones, los verdaderos titiriteros de la sociedad y ejecutado, un año después, por los títeres macabros que fueron los integrantes de las fuerzas armadas y de seguridad.

Después del 24 de marzo de 1976, Martínez de Hoz, desde Acindar, asumiría el ministerio de Economía de la dictadura.

Los nuevos despidos en Acindar y su curiosa manera de aceptar la conciliación obligatoria sin permitir el ingreso de los trabajadores despedidos, hace necesario pensar el actual rol que cumplen los grandes señores que están por detrás del poder económico concentrado en las principales doscientas empresas que hoy manejan la Argentina.

Una vez más la memoria sirve para el presente, no para el pasado.

Porque ese legado explica también por qué las nuevas generaciones de trabajadores parecen ser educados en la obediencia debida a las grandes patronales. Fuente: Diario “La Capital”, martes 21 de julio de 2015; “El litotral, 30 años después. Sangre, dinero y dignidad”, del autor de esta nota

vía:
http://www.pelotadetrapo.org.ar/acindar,-2015.html

Brasil: Desmatamento silencioso da Caatinga tem intensificado a desertificação do semiárido brasileiro. Entrevista especial com Lêdo Bezerra de Sá..Por Patrícia Fachin e Leslie Chaves.

“Mais de 50% das áreas do semiárido brasileiro já ‘estão com processo de desertificação acentuado’, e cerca de 10 a 15% do território enfrenta uma situação de desertificação severa. Para se ter uma ideia, a soma das extensões de terras degradadas no Ceará, na Bahia e em Pernambuco equivale a ‘63 mil km’ de desertificação.”
“O semiárido todo tem um milhão de km², então cerca de 10% a 15% dessa área está numa situação de severidade muito grande”, adverte o pesquisador da Embrapa.
Terça, 28 de julho de 2015
Foto: diariodonordeste.com.br
Mais de 50% das áreas do semiárido brasileiro já “estão com processo de desertificação acentuado”, e cerca de 10 a 15% do território enfrenta uma situação de desertificação severa. Para se ter uma ideia, a soma das extensões de terras degradadas no Ceará, na Bahia e em Pernambuco equivale a “63 mil km²” de desertificação, informa Iêdo Bezerra de Sá, na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por telefone.
O pesquisador explica que a desertificação é um fenômeno de degradação ambiental que acontece particularmente em regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, a exemplo do Nordeste e de parte do Sudeste brasileiro.
De acordo com o engenheiro florestal, no Brasil a desertificação no semiáridotem se agravado por causa do desmatamento na Caatinga. “Ao desmatar a Caatinga, os solos ficam completamente expostos a todas as intempéries”, frisa. Além do desmatamento, Bezerra de Sá enfatiza que a irregularidade das chuvas contribui para que a degradação seja ainda mais acentuada em algumas regiões. “Há locais, por exemplo, aqui onde estou agora, em Petrolina — que é no extremo oeste de Pernambuco —, em que chove 450 a 500 milímetros por ano. O grande problema é essa irregularidade das chuvas: elas caem de forma muito concentrada, chove muito em pouco tempo, ou seja, os 500 milímetros se concentram em apenas dois, três meses e, às vezes, 20%, 30% da chuva do ano cai em apenas um dia”.
Ele informa ainda que o maior polo de produção de gesso do país, localizado emAraripe, no Ceará, responsável pela produção de 95% de todo o gesso produzido no país, utiliza energia de biomassa, mas aproximadamente “50% dessa energia é oriunda de desmatamentos ilegais e clandestinos. O governo sabe disso, as autoridades sabem disso e estamos com um trabalho muito importante de conscientização dessas empresas que utilizam biomassa na sua matriz energética”. Entre as soluções para tentar reduzir a desertificação, o pesquisador chama atenção para a necessidade de investir em planos de manejo florestal sustentável para a Caatinga, de modo a utilizar o bioma de “forma contínua e sustentável” e recuperar as áreas degradadas, que levam de 30 a 40 anos para serem regeneradas.
Iêdo Bezerra de Sá é graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, mestre em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e doutor em Geoprocessamento pela Universidad Politécnica de Madrid. Atualmente é pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa.
Confira a entrevista.

Foto: Agência Alagoas
IHU On-Line - O senhor tem chamado atenção para o fato de que a desertificação é avançada em mais de 20 núcleos do Semiárido. Em que consiste esse fenômeno?
Iêdo Bezerra de Sá - Desertificação é um termo utilizado pela UNCCD, que é a sigla em Inglês de Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas, que trata da degradação ambiental em regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas. Então, podemos utilizar o termo desertificação somente em regiões que têm essa climatologia. No Brasil essa situação se encontra no Nordeste e em parte do Sudeste, ou seja, no Norte de Minas Gerais. Isso significa dizer que só podemos utilizar o termo “desertificação” para nos referirmos a essas regiões. Por exemplo, não se pode utilizar o termo para tratar de um problema sério que há no Rio Grande do Sul, ou para indicar a situação de uma área muito grande em Roraima ou emRondônia, porque elas não estão nessa situação climática de aridez ou de semiaridez.
No caso do Brasil, no semiárido encontra-se uma área de aproximadamente um milhão de km², ou seja, trata-se de área muito grande em termos de espacialidade. Para se ter uma ideia, essa extensão equivale a duas vezes o tamanho de Espanha e Portugal juntos. Quando falamos isso na Europa, as pessoas reagem de forma apreensiva por se tratar de uma área muito grande. Agora,desertificação não é um termo binário, branco ou preto, porque existe uma gradação.
Na Embrapa fazemos um mapeamento que demonstra uma gradação que vai de uma desertificação muito baixa até uma degradação moderada, acentuada e severa, porque há lugares que são muito preocupantes, que têm uma severidade do processo muito forte, enquanto em outros lugares a degradação é mais branda. O que temos de fazer é tentar frear os vetores de crescimento dessas áreas, e para isso desenvolvemos algumas tecnologias, as quais são transferidas para as regiões que percorremos.
Retirada da cobertura vegetal
No Brasil, esse processo começou justamente por conta da retirada da cobertura vegetal florestal; em outras palavras, por causa do desmatamento. O desmatamento da Caatinga gerou todo esse processo, porque ao desmatar a Caatinga os solos ficam completamente expostos a todas as intempéries: há uma insolação muito forte, de mais de duas mil horas/ano de sol, e um regime de chuvas muito complicado, porque não é a questão de quantidade de chuvas, mas sim a sua irregularidade na distribuição.
Há locais, por exemplo, aqui onde estou agora, em Petrolina — que é no extremo oeste de Pernambuco —, em que chove 450 a 500 milímetros por ano. Essa quantidade foi verificada em uma série histórica de mais de 30 anos de acompanhamento dos regimes de chuvas. O grande problema é essa irregularidade das chuvas: elas caem de forma muito concentrada, chove muito em pouco tempo, ou seja, os 500 milímetros se concentram em apenas dois, três meses e, às vezes, 20%, 30% da chuva do ano cai em apenas um dia. Isso gera um fator de degradação muito forte. Aliado a isso, não só no semiárido do Brasil, mas no semiárido do mundo inteiro, os solos de fertilidade natural são baixos. Não é que não existam solos bons no semiárido, ao contrário, mas o que predomina aqui na região são solos de baixa fertilidade natural, são solos rasos, são aqueles com pouca profundidade. Ou seja, quando se começa a cavar, logo se chega à rocha que formou esse solo, e esse também é um fator muito severo da desertificação.
Climatologia e solo
Quando associamos essa climatologia à questão de solos, que são condições naturais, e acrescentamos o fator humano imposto a este ambiente, aí se exacerbam e se aceleram esses processos ruins de desertificação. Esse é o contexto em que vivemos hoje no semiárido. Estamos tentando reverter toda a parte que é induzida pelo homem, porque não temos muita governabilidade sobre a natureza.
IHU On-Line - Esses 20 núcleos do semiárido que enfrentam essa situação de desertificação correspondem a que percentual do semiárido?
Iêdo Bezerra de Sá – Mais de 50% das áreas do semiárido brasileiro já estão com processo de desertificação acentuado e aproximadamente 16 mil hectares da Caatinga já foram desmatados. Além disso, alguns núcleos no Ceará, na Bahia e em Pernambuco estão com as áreas bastante comprometidas. Para se ter uma ideia, somando a área desses municípios, o desmatamento está em torno de 63 mil km², isso significa que se trata de uma área que equivale a quase a extensão de Pernambuco, que tem 100 mil km². O semiárido todo tem um milhão de km², então cerca de 10% a 15% dessa área está numa situação de severidade muito grande. E, se formos completar isso com a parte que fica um pouco mais acentuada e moderada, o percentual ultrapassa os 50% do semiárido.
Temos ainda situações muito degradantes na região Sul do Piauí, região de Gilbués, e em Pernambuco tem um cenário muito ruim na região de Cabrobó e Salgueiro. Também tem uma área grande, entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte, onde há um conjunto de municípios — doze ou dez — em condições precárias. Então, quando falamos em 20 núcleos, é apenas uma questão didática, porque na realidade a área se estende a uma extensão muito maior do que isso. Como vimos, é mais de 50% de uma região bastante comprometida.
Estamos fazendo alguns estudos para verificar essa situação estado por estado, a fim de ver a situação de cada um deles. Estamos concluindo um trabalho em Pernambuco, o qual será publicado no máximo em outubro deste ano. Pernambuco tem 185 municípios, dos quais 122 estão em situações que têm problemas de desertificação. Estamos ranqueando esses dados e verificamos que alguns municípios têm praticamente toda a sua área com um processo bastante acentuado ou severo de desertificação. Então, frear essa degradação é a grande dificuldade, porque custa muito capital humano e também financeiro, e leva tempo para fazer.
Além disso, as propriedades familiares maiores passam a ser subdivididas, então a pessoa tem três, quatro, cinco, seis filhos e depois essa área é desmembrada e passa para os filhos. Isso também é um fator de degradação, porque as pessoas tendem a tirar sua sobrevivência da base de recursos naturais de sua propriedade. Assim, a primeira coisa que fazem é desmatar uma área para plantar e esse plantio vem sendo feito de forma desordenada, sem tecnologia, sem insumos agropecuários adequados, em ambientes também inadequados, e esses fatores geram um processo de retração muito intenso.
Frear isso é um pouco mais complicado, porque se trata de um problema social, por isso a Embrapa tem uma unidade encravada no coração do semiárido, na cidade de Petrolina, para tentar desenvolver algumas tecnologias que possam minimizar — sabemos que erradicar é praticamente impossível — esse manejo equivocado que se faz do recurso natural. Um grande problema nosso é a questão do desmatamento, seguido de queimada, porque o agricultor do semiárido é descapitalizado: ele não tem acesso à tecnologia nem a crédito. Por isso, eles se utilizam do meio que podem, ou seja, desmatam e queimam áreas, e queimar área é um crime ambiental e é dar um “tiro no próprio pé”, porque o semiárido de um modo geral é pobre, o solo é pobre em matéria orgânica. E se está sendo queimado o pouco de matéria orgânica que já existe, isso realmente é muito ruim. Queimam para limpar o terreno, na ilusão de que a produtividade será melhor em função da queima, mas esse é um erro e estamos sempre tentando corrigi-lo.
A matéria orgânica do solo é o que mais comporta a retenção de água. Assim, um dos grandes problemas do semiárido é a questão da água. Se, em um solo que recebe pouca água, parte da vegetação é queimada, o solo fica ainda mais empobrecido de matéria orgânica e, por conseguinte, retém mais água. Esse tipo de informação, que está um pouco defasada no Brasil, tem de chegar ao produtor rural, porque às vezes ele age de forma errada por ignorância, ou às vezes porque não tem outra forma de fazer, e às vezes até por má-fé.

"Pernambuco tem 185 municípios, dos quais 122 estão em situações que têm problemas de desertificação"

IHU On-Line - Qual a causa de a desertificação ser mais intensa nesses 20 núcleos do Semiárido e quais são eles? Como se chegou a essa situação?
Iêdo Bezerra de Sá – Nós chegamos a essa situação em função da primeira causa, que é o desmatamento, ou seja, a retirada da cobertura, principalmente da cobertura florestal, porque é ela quem protege o substrato do solo de todas as intempéries. Além disso, o sobrepasteio dessa vegetação contribui para esse fenômeno. Depois, há o problema do manejo que é dado a esse solo, com plantações inadequadas, sem fazer o terraceamento, sem conter a erosão. Quando a cobertura é retirada e as chuvas são de alta intensidade, embora poucas ao longo do ano, acontece um processo de carreamento do solo. Portanto, isso provoca um tipo de erosão laminar, que degrada bastante essas áreas, porque vai retirando lâminas do solo: a cada ano vai um milímetro, por exemplo, e as pessoas não percebem isso, mas no passar de 10 anos houve a perda de 10 milímetros, o que equivale a um centímetro do solo.
É necessário manter o máximo possível da vegetação, proteger esse solo, plantar corretamente nos lugares certos, com a cultura certa e com o manejo certo. Isso é fundamental para que se evite esse processo de desertificação, não só aqui, mas em qualquer região que tenha essa climatologia e também esse tipo de solo.
IHU On-Line - De que maneira a desertificação acaba impactando na vida das pessoas que vivem no semiárido?
Iêdo Bezerra de Sá – Considero a desertificação como um jogo de dominó, em que uma causa empurra a outra e, no final da ponta, quem mais se prejudica é o homem que vive no semiárido. Em um passado não muito longínquo, existia o êxodo do nordestino que saía da sua terra para ir para o Sudeste, o Centro-Oeste e às vezes até para o Sul, ou então para as capitais, em busca de emprego, renda e de manter a sua vida, porque a terra dele ficou de um jeito tão improdutivo que não conseguiu mais rendimentos para sustentar a família. Esse processo vem diminuindo gradativamente de uns 50 anos para cá, mas ainda acontece. No entanto, o êxodo agora não é mais para o Sudeste, para o Sul, para o Centro-Oeste; as pessoas estão indo para os polos de desenvolvimento que existem no próprio Nordeste, que absorvem muita mão de obra.
Na cidade de Petrolina, onde estou, tem o maior polo de fruticultura irrigada do Brasil. Cidades como Feira de Santana, na Bahia, tem um polo muito grande também, tanto de pecuária quanto de serviços. Campina Grande, na Paraíba, Juazeiro do Norte, no Ceará, também são outros polos que absorvem muita mão de obra. Por força da desertificação, chamamos essas pessoas que migram para as regiões do Nordeste de “refugiados ambientais”.
IHU On-Line - Qual o risco de esse processo de desertificação se espalhar para outros pontos do semiárido?
Iêdo Bezerra de Sá – O risco é iminente. Por isso o governo, através do Ministério do Meio Ambiente, elaborou um Plano de Ação Nacional de Combate à Desertificação. Esse é um plano nacional que foi desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente, com o apoio de diversos órgãos de governo e também da sociedade civil, entre eles o Ibama, a ANA e a Embrapa. Por força deste programa, foram instituídos os programas estaduais, que são chamados de Planos de Ações Estaduais – PAES. Na realidade, quem mais conhece sua situação de desertificação é o próprio estado e, às vezes, o próprio município, por isso é preciso ir até a ponta. Cada estado do Nordeste que padece desse problema elaborou seus programas e alguns já criaram leis. Então, a ideia é dotar esses estados e, por conseguinte, os municípios de algumas práticas e tecnologias que vão diminuindo e minimizando esse problema. Agovernança da desertificação passa, justamente, por esses programas que saem da esfera federal e chegam até o município, ensinando o que se deve e o que não se deve fazer para acelerar esse processo de desertificação.
No passado, o problema era muito maior, no entanto, após o advento desses programas, estamos minimizando a situação pouco a pouco. Já estamos conseguindo identificar esses processos de desertificação mais intensos e colocá-los na esfera municipal, que é onde acontecem as ações. Também estamos atualizando informações sobre a desertificação para que os estados possam priorizar os investimentos, pois não temos muitas pessoas trabalhando com essa questão e precisamos de mais pessoas para poder equacionar essa situação.
A forma de frearmos um pouco esse processo é com tecnologia e com informação, dizendo o que fazer, como fazer, onde fazer, quanto custa e, às vezes, intensificando um processo de fiscalização, de sensibilização e também de penalização das pessoas que estão fazendo as coisas erradas, pois também existe um segmento empresarial muito forte no Nordeste, que vive deste produto da desertificação e do desmatamento, porque utilizam muita madeira, lenha e carvão em suas matrizes energéticas, e de forma insustentável. Então, essa é uma forma também de pressioná-los para que possam fazer a coisa certa e para que não degradem ainda mais o ambiente. Existe uma legislação pertinente para que possamos controlar esse quadro, e com esse controle iremos conter um pouco o avanço do processo de desertificação por todo o semiárido brasileiro.
IHU On-Line - Em que consiste o Plano Nacional de Combate à Desertificação? Por que ele não tem sido efetivo no semiárido?
Iêdo Bezerra de Sá – O plano foi publicado em 2005. Essa alternância da governabilidade do plano impede que muitas ações sejam levadas a cabo, e creio que esse é um fator muito importante. Ao invés de se fazer um plano de governo, deveria ser feito um plano de Estado, um plano que realmente pudesse incentivar, ter recursos financeiros e humanos destinados para isso, e que fosse um objeto realmente mais eficaz e eficiente, mas infelizmente isso não acontece.
Em geral esses planos fazem parte de uma política partidária que, às vezes, causa um pouco de angústia nas pessoas que trabalham com o assunto, porque vemos tanta coisa sendo construída, as quais não são efetivadas do modo como gostaríamos. Nós, enquanto instituição, temos um limite de fazer a parte de pesquisa, de demonstrá-la, de divulgar as tecnologias disponíveis, mas temos uma limitação, só podemos chegar até uma esfera de execução de algumas atividades, porque a partir daí foge da nossa alçada como empresa de pesquisa.

"Enquanto na Amazônia e no Cerrado os desmatamentos são de grandes extensões, na Caatinga o desmatamento é feito de forma muito particular"

IHU On-Line – Que fatores têm levado a Caatinga a sofrer um processo de degradação e como esse processo contribui para a desertificação do semiárido?
Iêdo Bezerra de Sá – O que mais contribui para que isso ocorra é exatamente a derrubada da Caatinga. A energia no Brasil está muito cara, e no semiárido, em particular, há muitas empresas que precisam de energia e que utilizam a energia de biomassa. Ocorre que esse tipo de energia é exatamente o produto da derrubada e do desmatamento da Caatinga.
Hoje o Ibama, em nível federal, e os estados, com suas secretarias de meio ambiente e suas agências, estão tentando controlar para que esse processo de utilização da lenha e do carvão não seja realizado de forma não manejada, ou seja, retirado da natureza forma ilegal, clandestina. Para se ter uma ideia, como falei no início da nossa conversa, entre 2002 e 2008 foram desmatados aproximadamente 16 mil Km². Se multiplicarmos esse valor por 100, teremos o resultado dessa área por hectares. No intervalo de apenas seis anos foi destruído praticamente 20% de todo o estado de Pernambuco, por exemplo. Isso é muito sério e por issoprecisamos frear esse desmatamento ou incentivar, coisa que já está sendo feita, a realização de planos de manejo florestal da Caatinga.
O que é um plano de manejo florestal sustentável da Caatinga? São planos elaborados por equipes de engenheiros florestais, em que a vegetação da Caatinga é utilizada de forma contínua e sustentável. Dependendo do lugar em que já foi desmatada, a Caatinga pode levar de 30 a 40 anos para se regenerar. Assim, os estudos de manejo vieram para isso.
Aqui na região, onde existe o maior polo de gesso do Brasil, na região do Araripe, se produz 95% de todo o gesso do Brasil, seja gesso para forro, para divisória, para construção civil, para uso ortopédico. Para transformar o minério em gesso, é preciso desidratá-lo — o termo usado é calcinar — e para isso se utiliza energia, sendo que a mais utilizada é a de biomassa, e mais de 50% dessa energia é oriunda de desmatamentos ilegais e clandestinos. O governo sabe disso, as autoridades sabem disso e estamos com um trabalho muito importante de conscientização dessas empresas que utilizam biomassa na sua matriz energética.
Há uns três anos existiam poucos planos de manejo, da ordem de 12, 14 planos de manejo florestal e hoje eles passam de 300. Então, energia, se for de forma sustentável, é muito boa para a natureza e para o homem também, porque ela é legalizada, gera um melhor rendimento porque é padronizada, ou seja, tem uma série de vantagens que concorrem para que esses planos sejam mais ampliados.
IHU On-Line - Que medidas são necessárias para reverter esse processo de desertificação?
Iêdo Bezerra de Sá – O monitoramento, que está sedo executado, do desmatamento da Caatinga, é fundamental. Verificamos que aAmazônia, a Mata Atlântica e até o Cerrado têm muita visibilidade no cenário nacional e internacional, mas a Caatinga tem menos visibilidade. Por isso, é necessário monitorar, ver onde estão ocorrendo os problemas e fazer ações mais efetivas. Acredito que assim conseguiremos mostrar, inclusive na mídia nacional, como está sendo feito esse controle. Queremos dar visibilidade para a Caatinga e talvez seja um pouco mais difícil, porque enquanto na Amazônia e no Cerrado os desmatamentos são de grandes extensões, na Caatinga o desmatamento é feito de forma muito particular. É o que chamo de desmatamento “formiguinha”, ou seja, não tem uma frente contínua de desmatamento que é vista em uma imagem de satélite com muita facilidade, como se vê na Amazônia e no Cerrado. Então, queremos monitorar esse desmatamento.
IHU On-Line – Deseja acrescentar algo?
Iêdo Bezerra de Sá – O interessante é que cada estado da nossa Federação que está sendo afetado pelo problema tenha seusPlanos de Ações Estaduais. Precisaríamos que os órgãos que estão encarregados da execução desses planos, dentro dos estados, ou seja, as secretarias de meio ambiente e as agências, gerências ou institutos de pesquisa ambientais que estão dentro dos municípios, sejam fortalecidos e dotem esses organismos de dinheiro e de pessoas para que possamos fazer um trabalho mais eficiente e rápido, porque a degradação ocorre em velocidade sempre maior do que a recuperação. Por conta disso, precisamos ser mais proativos nesse sentido.
Por Patrícia Fachin e Leslie Chaves
Fonte: IHU
vía:
 http://www.biodiversidadla.org/Principal/Secciones/Documentos/Desmatamento_silencioso_da_Caatinga_tem_intensificado_a_desertificacao_do_semiarido_brasileiro._Entrevista_especial_com_Ledo_Bezerra_de_Sa

España: La Banca, ese parásito hematófago...Germán Gorraiz López



Germán Gorraiz López

Según la agencia EFE, la gran Banca española (Santander, BBVA, CaixaBank, Bankia, Popular y Sabadell) obtuvo en el primer trimestre del 2015 un beneficio neto de 4.138 millones € (un 67´5 % % más que en el mismo período del 2014) a pesar del descenso del crédito de más de 500.00 millones desde el 2008, de la disminución de las tasas de rentabilidad del 20% del 2008 al 6´5% actual y de una reducción drástica de los presupuestos para obras sociales, (un 60% menos desde el 2008) mientras según el FROB, cerca de 167.000 afectados por la venta irregular de preferentes de Bankia, NCG Banco o Catalunya Banc no podrán recuperar ni tan siquiera un pequeño porcentaje de su inversión al tiempo que se producirían 100 desahucios diarios ( aumento del 2,1 %) y del parque de viviendas viviendas vacías que podrían destinarse al alquiler social, un mínimo de 600.000 serían propiedad de entidades financieras o del Banco malo según un informe de la PAH (Plataforma de Afectados por la Hipoteca). De todo ello, se deduce que la Banca se habría convertido en un parásito hematófago (chinche doméstico), organismos chupópteros que no viven permanentemente sobre su hospedador o víctima sino que sólo se acercan a él para alimentarse y tras succionar hasta la última gota de sangre los abandonan exangües y desahuciados

Tradicionalmente, la finalidad de la banca era canalizar el ahorro privado hacia la inversión, pero dada la ausencia de cultura de ahorro doméstico y público, ha originado que el proveedor de recursos para dinamizar la economía en forma de inversiones se haya trasmutado en un parásito hematófago que succiona todas las ubres del Estado para saciar el apetito insaciable de sus accionistas y altos cargos directivos. La casta dirigente bancaria se habría transmutado así en una camarilla de poder (equivalente a un miniestado dentro del Estado), que utilizaría el nepotismo para perpetuarse en el poder con carácter vitalicio, recurriendo a los llamados “contratos blindados” para asegurarse un retiro dorado.Así, los casos más sangrantes serían el del ex vicepresidente y consejero delegado del banco Santander Central Hispano (SCH),Ángel Corcóstegui quien cobró en 2002 la indemnización récord de 106 millones de euros, seguido en el ranking de la ignominia por José María Amusátegui, que recibió como “compensación a su pensión” la friolera de 43,8 millones de € . Recordar que la indemnización media de un trabajador por cuenta ajena por despido en España no alcanzaría los 8.000 €, por lo que el Gobierno de Rajoy se ha visto obligado a aplicar medidas cosméticas para penalizar los contratos blindados de los altos directivos que superen los 700.000 euros. Por último, no dudarán en asentar sus reales en paraísos fiscales (centros offshore) para escapar a los tentáculos de la Hacienda española. Así, según el informe elaborado por el Observatorio de la Responsabilidad Social Corporativa, 33 de las 35 empresas que componen el Ibex tenían presencia en dichos paraísos fiscales (lo que representa el 94 % de las compañías que operan en el selectivo español y un repunte del 8% con respecto al 2010), no siendo casualidad que el Banco Santander lidere el ranking de sociedades en dichos paraísos fiscales, seguido de BBVA.

Así, la obsesión paranoica de la Banca española por maximizar los beneficios debido al apetito insaciable de sus accionistas al exigir incrementos constantes en los dividendos, provocó que muchas de ellas se transformaran en corporaciones transnacionales y no dudaran en endeudarse peligrosamente en aras del gigantismo, conjugando las OPAS hostiles en la compra de Bancos extranjeros como plataforma de entrada en dichos países con el miope aldeanismo de apertura desbocada de sucursales en otras Comunidades Autónomas. De ello serían paradigma Caja Madrid (adquisición del 100% del del City National Bank of Florida (CNB) por un monto cercano a los 750 millones de Euros en el 2008) y Caja Navarra (CAN) (apertura de una oficina de “banca cívica” en Washington en el 2008), proyectos de miope ingeniería financiera que les llevó a ambas entidades a su desaparición como marca autónoma (intervención estatal en el caso de Caja Madrid tras convertirse en Bankia y absorción por Caixabank de la CAN, otrora buque insignia de la marca NAVARRA), quedando como restos del naufragio los máximos responsables de ambas entidades en aquellas fechas (Miguel Blesa y Enrique Goñi respectivamente) imputados judicialmente aunque salvados posteriormente por un Tribunal Constitucional convertido en guardacostas especializado en labores de salvamento y socorrismo de altos directivos y políticos implicados en presuntos casos de corrupción. Estaríamos pues asistiendo a una auténtica plaga de chinches domésticos ante la que las Autoridades Sanitarias habrían recomendado a la población la adopción de medidas profilácticas como la fumigación periódica de los nichos donde se alojan dichos parásitos hematófagos en un vano intento de acabar con ellos.



vía:

http://www.attac.es/2015/07/29/la-banca-ese-parasito-hematofago/

Chile: Alertan por ampliación del Decreto Ley Forestal 701. “Es peor que la Ley de Pesca”...Por Luis García Huidobro



"El modelo promovido bajo las consignas “Chile País Forestal” y “Chile País Maderero” está en crisis por sobreexplotación. Los millones de dólares que ingresan al país por exportación de madera y celulosa (récord de 6.094 millones de dólares en 2014) tienen por consecuencia la radicalización de la conflictividad ambiental-cultural-social, especialmente mapuche.




Si usted cree que la Ley de Pesca es la legalización, vía coimas, del saqueo de los recursos marítimos de Chile, ponga atención a lo que está haciendo el Gobierno y el Parlamento en estos días con la Ley de Fomento Forestal.

Por Luis García Huidobro / Radio del Mar

El 2 de julio pasado el Gobierno de Bachelet puso urgencia a la prórroga al fomento forestal ingresada en mayo al Parlamento. Curiosamente el tema no había aparecido en la cuenta anual de la Presidenta. El 15 de julio la Comisión de Agricultura de la Cámara de Diputados aprobó la prórroga. La ley en trámite busca seguir incorporando al negocio forestal, por la vía del subsidio a la plantación de pino y eucalipto, dos millones de hectáreas de tierra que no son propiedad de los grupos Matte y Angelini.

La Ley de Fomento Forestal (DL 701) es el mayor legado de Julio Ponce Lerou durante la dictadura. En 1974, siendo Director Nacional de Conaf, idea este subsidio para dar rentabilidad a las tierras que estaban en manos de la Cora (Corporación de Reforma Agraria) –gran parte de ellas asentamientos mapuche– y que en los años siguientes serían privatizadas en precios irrisorios en beneficio de los grupos Cruzat, Matte y Vial.

Tras la quiebra de Cruzat y Vial, los actores hasta el día de hoy son los Matte (CMPC, Forestal Mininco) y los Angelini (Forestal Arauco).Sólo por poner un ejemplo de un fundo que acaba de ser vuelto a comprar por el Estado a Forestal Arauco a través de Conadi, mencionemos el Fundo Tranaquepe. Son 2110 hectáreas que fueron vendidas en enero de 1989 por Conaf a Forestal Arauco en $41.804.363. Reajustado según el IPC al año 2015, serían actualmente $188.888.911 (es decir, aproximadamente $85.000 la hectárea, hablando en plata de 2015, un precio irrisorio). En 2014 Conadi compra 1859 hectáreas del fundo a Forestal Arauco en $5.151.134.962, es decir, $2.770.500 cada hectárea. El segundo fundo comprado por Conadi durante este Gobierno en la zona es el fundo El Canelo, a Forestal Volterra. Ahí las utilidades son aún mayores, pues Conadi compró a $4.312.978 cada hectárea.

Matte, como sabemos, es el mayor financista (por la vía legal) de la actividad política en Chile. Angelini, por su parte, está involucrado como aportante ilegal en el caso Martelli. La cercanía del gremio forestal con todos los gobiernos es graficada de manera elocuente por el presidente de la Corporación de la Madera (Corma) Fernando Raga:

“Hemos trabajado estrechamente con todos los gobiernos, por lo tanto con las autoridades hemos tenido una relación muy fluida. Ustedes probablemente han visto que nosotros no somos de debates por la prensa con el Gobierno, ni de criticar ni de protestar cosas, porque tenemos una relación directa bastante fluida y nuestros temas son planteados de forma muy razonable y hemos sido en general atendidos”.

(Ver documental Plantar Pobreza: El Negocio Forestal en Chile, Periódico Resumen, 2014.https://www.youtube.com/watch?v=A42dHCxuJ1w. La cercanía de los Angelini y los Matte con la actividad política es permanente. La última reunión de Eliodoro Matte en La Moneda fue precisamente el martes recién pasado. A la salida declaró escuetamente que “vine como director del CEP, a tratar temas académicos”. Una visita de un intelectual, no de un empresario).

Por el contrario, la contraparte mayor en el conflicto forestal en Chile, el movimiento mapuche, con más de un millón de hectáreas potenciales en disputa con las forestales por derechos ancestrales, no tiene interlocución legítima con el Estado sobre este tema. El proyecto actual, al no ser sometido a consulta indígena, viola el Convenio 169 de la OIT, ratificado por la misma Presidenta Bachelet.

El Gobierno de Sebastián Piñera intentó revalidar el DL 701, sin embargo, echó pie atrás por los resultados de la consulta indígena efectuada por Conaf, en la que se vio ampliamente la oposición mapuche al proyecto.

Bachelet, en cambio, no tiene problema en echar adelante el proyecto sin consulta indígena, con lo que se hace responsable de la radicalización de la conflictividad que vendrá en los territorios en disputa. No es casualidad que la Provincia de Arauco, la mayor productora de madera, tenga un gasto policial por habitante 10 veces mayor que cualquier provincia ajena a este conflicto. Desde que el Gobierno volvió a introducir en el Parlamento el DL 701, más de 10 ataques y atentados han ocurrido en el sur de la Provincia.

El negocio forestal es sumamente rentable. Dadas las ventajas comparativas de Chile en el mercado mundial de la celulosa y la madera, no existe hoy otro cultivo más rentable para este territorio. El costo es el agotamiento de las napas subterráneas, por el cultivo intensivo en terrenos muy amplios. Se trata de un recurso natural valiosísimo a largo plazo, en el contexto del cambio climático global, dado que el agua dulce constituye el 3% del agua total del planeta. De este 3%, ¾ partes son hielo polar, de altísimo costo para ser convertida en agua disponible para el consumo humano. Sólo el 0,32% del agua dulce del planeta está en lagos, ríos y humedad del suelo. Cerca del 25% del agua dulce está en las napas subterráneas, las cuales en el centro y sur de Chile están siendo consumidas por la industria forestal. En las comunas emblemáticas de producción forestal, las familias y comunidades durante el verano obtienen el agua para beber en camiones aljibe.

Las ganancias de la explotación forestal se la lleva el dueño del terreno, que en más de un 90% del territorio explotado no es alguien que vive ahí. En cambio son los vecinos los que sufren la falta de agua. Este es el motivo legítimo por el que las comunidades mapuche de Arauco están masivamente cosechando los predios forestales al margen de la ley wingka, lo que el Gobierno llama “robo de madera”.

Los estudios de los investigadores científicos (AIFBN, Académicos Universidad Austral) coinciden con el conocimiento experiencial mapuche de que la industria forestal está secando el territorio, y que urge una política de impulso a la reforestación con bosque nativo. El territorio desertificado (la poda y la tala además generan toneladas de combustible seco) queda a merced de incendios forestales, cada vez más devastadores entre las regiones de Valparaíso y Los Lagos. Sin embargo, el Gobierno y el Parlamento solo tienen oídos para la palabra dinero. Crecimiento económico a toda costa.

La excusa para dotar de legitimidad ambiental al DL 701 es la de los “terrenos degradados”, pero solamente personas tan alejadas de la realidad, como los parlamentarios, pueden creer lo que contradice la experiencia en terreno de todos los días de quienes vivimos invadidos por plantaciones forestales.

Los informes de Conaf reconocen que en Chile se sigue destruyendo bosque nativo para plantar pino y eucalipto, y que en Chile se sigue sustituyendo tierra agrícola por plantación forestal. La rotación de cosechas y cultivos forestales es de 100 mil hectáreas anuales. Es decir, todos los años 100 mil hectáreas sufren la tala rasa, que significa la destrucción de toda vegetación y consecuente erosión del terreno, además del alto riesgo de incendio. Las 100 mil hectáreas que se plantan anualmente estarán expuestas a la erosión durante 2 o 3 años más en que demora la plantación en tener una densidad suficiente como para afirmar el terreno. La recuperación de terrenos degradados a través de cultivos destinados a la tala rasa es un remedio peor que la enfermedad. La solución es la restauración de bosque nativo.

El modelo promovido bajo las consignas “Chile País Forestal” y “Chile País Maderero” está en crisis por sobreexplotación. Los millones de dólares que ingresan al país por exportación de madera y celulosa (récord de 6.094 millones de dólares en 2014) tienen por consecuencia la radicalización de la conflictividad ambiental-cultural-social, especialmente mapuche.

Por la ambición y falta de visión de futuro de la clase empresarial y política, es de esperar que la situación de conflicto por el agua y el territorio, que hoy se vive fuertemente en las Provincias de Arauco y Malleco, se siga extendiendo en el mediano plazo a Ñuble, Bío Bío, Cautín, Valdivia, Ranco, Osorno y Chiloé.

La legitimidad del conflicto se refuerza ante actuaciones ilegales del Gobierno de Chile, como lo está siendo hoy el impulso al fomento forestal sin consulta indígena.

Fuente: MapuExpress



vía:
http://www.biodiversidadla.org/Principal/Secciones/Documentos/Chile_Alertan_por_ampliacion_del_Decreto_Ley_Forestal_701._Es_peor_que_la_Ley_de_Pesca

México: Entre la resistencia, en Oaxaca las clases continuaron...Mauricio Romero


Durante la movilización de los integrantes de la Coordinadora Nacional de Trabajadores de la Educación contra la reforma educativa, los estudiantes de Oaxaca continuaron acudiendo a clases, incluso en fines de semana y días festivos. Debido a la rotación y multiplicidad de funciones, los profesores adscritos a la Sección 22 lograron cubrir los planes respectivos, lo cual permitió que miles de niños y jóvenes cerraran el ciclo escolar, explican maestros y confirma en entrevista el ratificado director del Instituto Estatal de Educación Pública de Oaxaca, ente que “desapareció” el pasado 21 de julio, aunque dio lugar a uno nuevo con el mismo nombre



Oaxaca de Juárez, Oaxaca. Días de flores, de graduaciones; días de niñas abrazando el ramo que les acaba de dar el papá, de niños abrazando su regalo, de familias celebrando en restaurantes o de paseo después de la ceremonia de clausura del ciclo escolar 2014-2015.

Mientras que en numerosos medios de comunicación alrededor del país se dice, repite y fabrica la idea de que los alumnos oaxaqueños a cargo de los profesores organizados bajo la Coordinadora Nacional de Trabajadores de la Educación (CNTE) dejaron de pisar las aulas desde hace meses o incluso años, las calles de la capital del estado se colmaron de estudiantes uniformados –de gala o pants–, felices por terminar 1 año de clases más.

En medio de la resistencia magisterial contra la reforma educativa-laboral impulsada por el sector empresarial y legalizada por los tres poderes de la Unión, las clases continuaron en las regiones oaxaqueñas.

Los fines de semana, los días festivos y en horas extra los profesores trabajaron, explican maestros y padres de familia consultados, y lo admite en entrevista el recién ratificado director del Instituto Estatal de Educación Pública de Oaxaca (IEEPO), Moisés Robles Cruz, tan sólo unos días antes de la supuesta desaparición del órgano. Además, confiesa el funcionario, no existe un método gubernamental para demostrar lo contrario: no hay forma de probar la afirmación extendida de que los niños perdieron decenas de días de clases.

Como lo atestiguó Contralínea, durante las mañanas y tardes de la primera quincena de julio, diversos centros públicos educativos se vistieron de colores para celebrar el fin de cursos. De secundaria, de primaria; de la José Vasconcelos, de la 85, de la 66, de la Enrique Pestalozzi, de la Basilio Bustos…

Uniformes verdes, azules, blancos, añadieron a la ciudad un aire festivo e infantil entre el ambiente denso por la presencia policial.


Organización, la clave

Los maestros se mantienen ocupados mucho más tiempo del que exigiría el ejercicio de su profesión en condiciones normales.

Por el “estado de resistencia” en el que se encuentran, la alternativa en el estado es dar entre media y 1 hora y media más de clase al día, trabajar los sábados, domingos y días feriados; quienes acuden a la escuela por la mañana, en la tarde hacen presencia en el plantón; en las escuelitas bidocentes rurales uno de los dos profesores se encarga del grupo; en los pueblos y ciudades, directores, conserjes y personal administrativo son enviados frecuentes a campamentos y marchas, que no siempre son generales; las regiones se rotan también en la lucha.

“En las asambleas de padres de familia se expone que estamos en un estado de resistencia y que nuestra lucha no es sólo magisterial”, cuenta a Contralínea en el quiosco del zócalo oaxaqueño Norma Cleyver, profesora proveniente de Candelaria La Estancia, ranchería ubicada en el municipio de Sola Vega.

“Hay escuelas en las que no basta con los horarios de lunes a viernes, en las que en coordinación con los padres de familia se trabaja los sábados e inclusive los domingos o en las festividades.”

Al contrario de lo que se cree y difunde profusamente, ni las movilizaciones callejeras ni los plantones están compuesta sólo de maestros: internamente las escuelas y regiones llevan a cabo una rotación.

“En cada centro de trabajo nos organizamos y mandamos a una persona que nos represente”, agrega Randolfo Ramiro Santos Pinacho, maestro del sexto B de la primaria Basilio Bustos.

Por su parte, Moisés Robles Cruz, aún director del IEEPO durante su encuentro con este semanario –exactamente 6 días antes del anuncio oficial de la desaparición del Instituto–, confirmó en entrevista la alternativa laboral tomada por los maestros:

“Es un mecanismo que ellos han implementado [sic] ante el desgaste que han venido palpando de su propia comunidad educativa”, dice el último titular del “viejo” IEEPO y primero del “nuevo”. “También establecen los contraturnos” o mandan a las movilizaciones “al conserje, que es un trabajador administrativo, y al director de la escuela, y la planta y los maestros se quedan”.

Moisés Robles no es simpatizante de la CNTE. A pesar de las formas cuidadas, él y su círculo no logran –en algunos momentos ni lo intentan– encubrir su desprecio por la Coordinadora y sus líderes. Sus miradas, gestos, risas socarronas, trasparentan su deseo de que todo acabara de un manotazo, de un mazazo.

No obstante su animadversión, aclara que son los propios maestros quienes cubren sus gastos, que “para ellos representa una erogación económica” el mantenerse movilizados, y que por eso actúan bajo un esquema de rotación.

“Ése es un mecanismo que no sale, que no se ve. Cuando uno ve las manifestaciones cree que todos son profesores… Y no.”

Norma Cleyver dice que “no todas las movilizaciones han sido masivas”. “Por ejemplo, la representatividad que tenemos en el Distrito Federal es del 30 por ciento, la que tenemos aquí en Oaxaca es del 30 por ciento”.

La rotatividad se da en el movimiento, pero no para dar clases, acota la maestra, representante de los Valles Centrales. “En algunas ocasiones, por ejemplo, los directores, que por supuesto tienen la capacidad de estar frente a un grupo, se quedan también. Jamás se va a poner al intendente a dar clases, jamás se pone a alguien que no esté preparado para ser maestro. Hay una corresponsabilidad con nuestro trabajo y con el movimiento.

“En mi caso. Si le toca a mi compañero, sale él y yo me hago cargo de todo el grupo (de alrededor de 35 alumnos). Si salgo yo, viceversa. Ya tenemos esa preparación. Nosotros desde la normal ya venimos con esa preparación de estar en escuelas unitarias, en escuelas incompletas, bidocentes, tridocentes y en escuelas completas, claro. Sabemos cómo manejar los contenidos de cada grupo. Tenemos la formación.

“No dejamos abandonadas las aulas. No se quedan abandonadas. Eso es mentira”, señala.


No hay pruebas de las faltas

Ni el gobierno federal ni el estatal ni las organizaciones empresariales ni los medios de comunicación sumados pueden probar que en la entidad se ha perdido el número de días difundido: algunos dicen que 70, otros que 130 de los 200 que integran el año escolar.

“Se hace una constatación parcial. Nada objetiva, dado el grado de dispersión que tenemos, primero poblacional, 13 mil centros escolares. En tiempo real no podemos saber lo que ocurre en San Juan Mixicori, en el Norte del Itsmo”, dice el director del IEEPO.

La orografía de Oaxaca y sus ocho regiones es dispar. El estado es atravesado por sierras montañosas; tiene diversos climas; el acceso a diversas comunidades requiere de horas, incluso días a pie o lomo de mula.

Los señalamientos generalizados en torno a la pérdida de clases no se refieren a las comunidades rurales, dan por hecho que allá, donde no hay luz, ni agua, ni nada, por supuesto tampoco los docentes cumplen con sus obligaciones. Pero no hay un mecanismo de verificación que avale tales afirmaciones.



En la capital oaxaqueña los niños se recibieron, y los padres de familia consultados lo confirmaron. Sí se perdieron días. A lo mucho 20, no más, fue la respuesta general.

“De no cubrir la parte educativa, de no ser así, el movimiento ya no existiría; los padres no apoyarían”, asegura Norma Cleyver.

El gobierno federal impuso como condición de diálogo “el regreso a clases”, a pesar de que éstas se dieron en horarios ampliados y en condiciones diferentes a las “normales”.

“Es mentira que no se han cumplido las horas que se tienen que dar de clases. Es totalmente falso para denostar nuestro movimiento. No dejamos abandonadas las aulas. No se quedan abandonadas. Eso es mentira”, remata la educadora.

El jaloneo y las señales dadas por el Estado apuntaban a que el diálogo no sería una opción: el 21 de julio el gobernador Gabino Cué –quien desechó la solicitud de entrevista presentada también en el propio palacio de gobierno– anunció de la mano con el gobierno federal, con Emilio Chuayffet y Eduardo Sánchez como representantes, la “extinción” del Instituto Estatal de Educación Pública de Oaxaca, movimiento similar al seguido por la administración de Felipe Calderón en su intento de liquidar el Sindicato Mexicano de Electricistas. El mismo rumbo se está siguiendo en Oaxaca.


Previo a la tormenta, el comercio es rampante

Las mesas están ocupadas, las tiendas abiertas, los turistas y residentes paseando… El comercio es rampante en los arcos y en las calles. En toda la zona del centro de Oaxaca el movimiento económico, cultural y cotidiano coexiste con las casas de campaña de la CNTE en el zócalo y con las movilizaciones que también terminan ahí.

El orden establecido desde la conquista no ha sido perturbado: madres indígenas con sus bebés amarrados a la espalda venden pequeños collares a todo el que pasa; niños indígenas, que apenas acaban de dejar la espalda de la madre, ofrecen chicles, cigarros; los meseros, indígenas y mestizos, siguen atendiendo a los turistas extranjeros. Globeros, pintores, músicos y puestos ambulantes componen el resto del cuadro de la plaza central.

De los comercios asentados en los portales del primer cuadro oaxaqueño ni uno solo está cerrado. De los ocho accesos al quiosco, uno está tapado con casas de campaña. La proporción entre paseantes y maestros es de por lo menos de 15 a 1.

Las calles Miguel Hidalgo, Independencia, José María Morelos, Colón-Las Casas, Vicente Guerrero-Valerio Trujano, Aldama-Rayón, Matamoros-Murguía, Díaz Ordaz, Porfirio Díaz, JP García, 20 de Noviembre están libres para el capital.

Los bares, los restaurantes, los bancos, los hoteles, la tiendas, los mercados, las iglesias, los museos, las bibliotecas, todo, todo lo que rodea el pequeño campamento de la CNTE está abierto. Las estrechas calles, las banquetas angostas, los incontables puestos y quienes se quedan parados frente a ellos son el único contratiempo de quien desee consumir.

El dinero, en pesos y dólares, se sigue moviendo en la capital oaxaqueña. Las ganancias siguen entrando a las cuentas de los dueños de los comercios, extranjeros o nacionales.

No obstante lo facturado, la burguesía presente ha gritado su descontento, realizado paros patronales y presionado por el uso de la fuerza contra el asentamiento magisterial, incluso ha pedido la instauración de “un programa de rescate económico que compense las molestias causadas por la protesta social” (sic, “Negocios paran por culpa de [la] CNTE”, Excélsior, 17 de agosto de 2014).

El escozor de los empresarios ha tenido eco permanente en medios impresos y electrónicos a nivel nacional.

A pesar de las embestidas empresariales, el campamento magisterial anclado en el zócalo sigue ahí. Apenas representativo, pasa casi desapercibido por turistas y paseantes. Como está: sin obstruir las pequeñas calzadas que llevan al quiosco principal, con sus casas de campaña arrimadas a los bordes, no representa un estorbo para quien desee pasear; foros, coloquios, pláticas y mítines.

Irónicamente, el movimiento magisterial ha provocado que las arcas de quienes señalan que sus negocios han sido afectados por él se llenen por el despliegue policiaco para cubrir la protesta social.

Hoteleros, restauranteros e incluso cadenas de tacos callejeros, porque en Oaxaca hasta los puestos taqueros son monopolizados, se han visto beneficiados por la presencia de la Policía Federal.

Mauricio Romero, @mauricio_contra

vía:
 http://contralinea.info/archivo-revista/index.php/2015/07/28/entre-la-resistencia-en-oaxaca-las-clases-continuaron/

Europa: Ofensiva de la UE contra los salarios...Eliseo Oliveras – elPeriódico



Eliseo Oliveras – elPeriódico



El informe de los cinco presidentes europeos ‘Completar la Unión Económica y Monetaria Europea’, presentado en medio del actual pulso con el Gobierno griego de Syriza, no aporta soluciones para resolver los problemas estructurales del euro, ni el déficit democrático de la eurozona, pero abre la vía para una nueva ofensiva contra los salarios y los derechos de los trabajadores.

El informe ha sido elaborado por los presidentes de la Comisión Europea, Jean-Claude Juncker, de la Unión Europea (UE), Donald Tusk, del Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, del Banco Central Europeo (BCE), Mario Draghi, y del Parlamento Europeo, Martin Schulz. El documento se centra en reforzar la coordinación económica de la eurozona mediante la política de austeridad y deja para el 2017 las propuestas para completar el euro con una unión fiscal y una tesorería común.

El déficit democrático en el diseño de la política económica europea se encubre con meros debates parlamentarios y consultas, que no corrigen la «deriva autoritaria y tecnocrática», denunciada por el presidente del Comité Económico y Social Europeo (CESE), Henri Malosse.

Por el contrario, impulsa la creación de nuevas instituciones tecnocráticas, bajo la etiqueta de independientes. Los cinco presidentes proponen crear unas nuevas «Autoridades de Competencia» a nivel nacional y de la eurozona, cuyo mandato será «evaluar si los salarios evolucionan en línea con la productividad y comparar su evolución con la de los otros países de la eurozona y de los principales socios comerciales». También evaluarán los progresos en las reformas económicas y laborales para «mejorar la competitividad de manera general».

Los empresarios y los sindicatos «deberán usar las opiniones de las Autoridades de Competencia como guía durante las negociaciones salariales», destaca la propuesta. Esta imposición de guías a la negociación salarial infringe el principio de diálogo social autónomo, fijado en el Tratado de la Unión Europea (UE) y el derecho de negociación colectiva, establecido en la Organización Internacional del Trabajo (OIT), como señala el economista Ronald Janssen, asesor del movimiento sindical en Bruselas.

Sanciones a los países

La evaluación de las Autoridades de Competencia será tomada en cuenta por la Comisión Europea al fijar sus recomendaciones anuales de política económica para la eurozona y para cada país. El documento subraya que la Comisión Europea también deberá tenerla en cuenta en sus decisiones en los expedientes por desequilibrios macroeconómicos, que incluyen la posibilidad de sancionar al país que no cumpla las recomendaciones con multas del 0,1% del producto interior bruto (PIB).

Estos consejos de expertos independientes pueden conducir y legitimar a una competencia a la baja de los salarios entre los diferentes países de la eurozona bajo la excusa de incrementar la competitividad.

Juncker, Dijsselbloem y Draghi ya manipularon las estadísticas en su informe de febrero a los líderes de la UE para culpar a las subidas salariales pasadas del alto nivel de paro, como si no se hubiera producido una crisis financiera y una burbuja inmobiliaria por la dejadez de los supervisores y como si no se hubiera aplicado un drástico recorte del gasto público y un cierre crediticio que quebró a decenas de miles de empresas. En realidad, quienes más recortaron los salarios del 2009 al 2013 sufrieron más paro (España, Grecia y Portugal), mientras que donde aumentaron los sueldos la subida del paro fue menor (Alemania, Francia, Holanda, Austria y Bélgica).

«Un país no es más competitivo porque sus trabajadores cobren menos que los de otros países. Es la producción de alta o baja tecnología del país y el tipo de exportaciones lo que marca el éxito económico», recuerda Servaas Storm, profesor de Economía en la Universidad de Tecnología de Delft (Holanda). «El éxito de las exportaciones alemanas no tiene nada que ver con el coste laboral, que es alto. Las empresas alemanas no compiten en costes sino en otros factores distintos del precio: diseño, calidad, fiabilidad y alto contenido tecnológico», subraya Storm.

vía:

http://www.attac.es/2015/07/30/ofensiva-de-la-ue-contra-los-salarios/

Chile: Las condiciones del plan de austeridad fiscal y de la fascistización en Chile... Andrés Figueroa Cornejo





“(La burguesía) En lo sucesivo, está condenada a mantener formas dictatoriales de gobierno y a imposibilitar la instauración de un régimen democrático que permita la libre competencia para retener o alcanzar el poder político…”
Joan Garcés, uno de los principales asesores de Salvador Allende en la UP
 
  “…el gobierno alemán, incluida su ala socialdemócrata, ha dilapidado en una noche todo el capital político que una mejor Alemania había acumulado en medio siglo. Y con “mejor” quiero decir una Alemania caracterizada por una mayor sensibilidad política…”
  Jürgen Habermas, luego de la restructuración de la deuda griega



Primero.
El presente texto es complementario a un par de artículos que lo preceden ( http://www.rebelion.org/noticia.php?id=201094&titular=apuntes-de-la-crisis-en-chile- , http://www.rebelion.org/noticia.php?id=198683 ).

Segundo.
La crisis multidimensional del capitalismo está asociada, entre otras variables, al desenvolvimiento del imperialismo financiero y especulativo; a la tendencia a la baja de la tasa de ganancia del capital cada vez más concentrado y monopólico; a sus combates interimperialistas e intercapitalistas; a la deuda impagable; al incremento de la represión, del asesinato, de la vigilancia y del encarcelamiento precautorio o por sospecha; al saqueo de la biodiversidad; al derretimiento de los cascos polares; a la deslocalización de sus inversiones hacia paraísos fiscales y paraísos de trabajo barato y materias primas a precio de feria; a la naturalización social de la ausencia de libertad y de igualdad; a la promoción del racismo como ideología necesaria para justificar la súper explotación del trabajo humano; a la pérdida y vaciamiento de sentido de personas y comunidades; a la ampliación desesperada tanto del fetichismo del capital financiero en cualquiera de sus formas, como de las mercancías y servicios de obsolescencia programada que gatillan deuda automática y alienación. A la estandarización planetaria de la banalidad y del consumo propalado por la estrategia de la saturación por los medios de comunicación de masas; al ocaso de las democracias burguesas-liberales, de los Estados de Bienestar, de los “pactos sociales” y de los modos de la socialdemocracia y el progresismo; a la inexistencia todavía de un proyecto revolucionario y popular que ofrezca unidad política y horizonte de sentido a los pueblos, condición sin la cual resulta imposible dar combate eficiente política, épica, ética y estéticamente, modificar el sentido común impuesto por los pocos que mandan y pasar a la ofensiva. Y toda lucha defensiva, en términos estratégicos, no puede superar las condiciones impuestas por la ofensiva de la dictadura del capital.
La numeración anterior funciona como totalidad dinámica y se funda sobre la fuerza y los intereses de la clase social minoritaria que oprime a la mayoría humana. Asimismo, como históricamente ocurre, la industria armamentista produce las doctrinas y tecnologías de punta para matar, avasallar y construir, distraer (Internet), controlar y organizar contradictoriamente el sistema-mundo capitalista.
Nunca antes estuvo más claro que no existe una diferencia o siquiera una contradicción relevante entre los Estados capitalistas y el movimiento real del capital, entre Estado y mercado, entre el Estado capitalista y el gran capital privado. Esto quiere decir, por ejemplo, que sólo en el momento del análisis existe la deuda pública y la deuda privada.
El imperialismo financiero se expande mundialmente, pero tiene sus puestos de mando en el imperialismo norteamericano, el alemán, el francés, el chino, el inglés, el japonés. Los imperialismos se revelan y distinguen por la condición de sobrevida de los dominados/as y su hegemonía bursátil.
El cuerpo mancillado de una mujer empobrecida, africana, asiática, originaria, latinoamericana, del sur de Europa, de los costados miserables de EE.UU., de las maquilas chinas e hindúes, de los pueblos de Palestina, el Sahara Occidental, Kurdistán, etc., son la representación intolerable y clara de la ocupación corporal del crimen imperialista y colonial, de la cuchillada repetida asestada por el patriarca.
La naturaleza también es una mujer violada una y otra vez. Los pobres de la Tierra somos una mujer violada por la razón desarrollista de la ganancia infinita e imposible. Grecia es una mujer violada. África, Medio Oriente, América Latina, Indochina y etcétera, son mujeres despedazadas. Los niños/as, los jóvenes, el pueblo trabajador, los migrantes, los bosques degollados, el agua sacrificada al extractivismo, la biósfera rota, son una mujer descuartizada en la plaza pública del mundo.

Tercero.
En plena trayectoria del capitalismo especulativo mundializado, existen Estados capitalistas centrales y sociedades periféricas. O imperialismos que se sirven de sus Estados y de las economías dependientes cuyos Estados permanecen subordinados al imperialismo que les tocó por maldición.
La dependencia de Chile es básicamente bipolar y desigual: primero Estados Unidos y luego China. Para el caso, no importa gran cosa que, de ambas dependencias, una parezca más política que comercial y la otra más comercial que política. Los grandes capitales entre Estados Unidos y China (integración conflictiva) mantienen flujos financieros, comerciales y productivos intervinculados, como si fueran parientes que se enseñan los dientes atómicos por la mañana y comparten la habitación por la noche. No duermen tranquilos. Pero hoy por hoy, nadie duerme tranquilo.

Cuarto.
Bachelet, como el conjunto del sistema político dominante, necesita que la corrupción en vitrina sea subsumida rápidamente por la peste del olvido entre la gente. Lamentablemente para el Ejecutivo, el Legislativo y el Judicial, y tal como lo indicó el secretario ejecutivo de la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económico (OCDE), Ángel Gurría, respecto de la corrupción política, los chilenos tienen “un umbral de tolerancia bastante bajo”.
Sin embargo, la presidenta chilena requiere “un segundo tiempo” ordenado, donde las encuestas aprueben su administración, al menos por un 30%. Ese es el trabajo que le encomendó el Pentágono: colaborar con la gobernabilidad para beneficio del gran capital y que el chorreo, que ya no existe salvo en la forma de un endeudamiento cada vez más acotado, cubra de algún modo las demandas sociales más visibles, como la educación, la salud, el trabajo, la vivienda, la seguridad social, el ambientalismo, la resistencia mapuche. Que cubra de algún modo dichas demandas del movimiento popular descoyuntado significa intentar apagar un incendio amazónico con un extintor doméstico.
Pues bien, la Confederación de la Producción y el Comercio (CPC), institucionalidad que representa los intereses del capital transnacional y combinado en Chile, comporta una de las direcciones sustantivas para entender el comportamiento del Ejecutivo y del Legislativo. La CPC no se trata de una organización realmente distinta que el Estado y que el propio gobierno de turno. El Estado de Chile es de contenido burgués y capitalista. Por eso festeja al ministro de Hacienda Rodrigo Valdés y al del Interior, Jorge Burgos. Porque son sujetos que calzan geométricamente con sus intereses. Entonces la CPC pone las condiciones al Ejecutivo, incluso cuando se trata de su propio Ejecutivo. Para ello cuenta con los plenos poderes de los altos mandos de las Fuerzas Armadas y las policías, y la cúpula ultra conservadora de la Iglesia Católica chilena. El país, como parte de un sistema integral de dominación, condensa la totalidad opresora del globo a escala local. Bajo similar gramática, la lucha de clases se expresa en todas las instituciones que soportan y reproducen la arquitectura capitalista. Que la lucha de clases se exprese en todas las instituciones sistémicas no quiere decir que de ellas mismas saldrán las pistas de una sociedad superadora del capitalismo. ¿Cómo podrían resolverse conflictivamente los intereses antagónicos entre opresores y oprimidos a favor de la mayoría humana al interior más poderoso de los eslabones del capitalismo? Concentrar las fuerzas sociales (que aún se mantienen en una situación de resistencia) dentro de las instituciones capitalistas es como creer que los pilares del capital contienen una cláusula secreta de auto-desintegración. Al respecto, sólo basta evocar la tragedia del 11 de septiembre de 1973, y detenerse en un texto del principal asesor de Salvador Allende, el español Joan Garcés, escrito en 1976: “(La burguesía) En lo sucesivo, está condenada a mantener formas dictatoriales de gobierno y a imposibilitar la instauración de un régimen democrático que permita la libre competencia para retener o alcanzar el poder político…”.
Lo demás es puro posibilismo político; mistificación de una democracia burguesa que ni siquiera existe en la presente fase del capitalismo y menos aún en los países periféricos como Chile; la subestimación de la conducta y de los aprendizajes acumulados por el propio capital; la franca capitulación y renuncia a la creación de fuerzas y del proyecto político para que los todos/as sean el poder repartido y socializado mañana.

Quinto.
Ahora mismo, el Estado capitalista y dependiente chileno, en un solo momento con las fracciones dominantes del gran capital, “socializan” las formas de la llamada “seguridad ciudadana”. La fascistización de la sociedad chilena y especialmente direccionada hacia sus sectores medios y medio empobrecidos, pareciera no bastar con el poderío de las FFAA y las policías y su despliegue para prevenir eventuales estallidos sociales. Un régimen cuartelario como el de Chile, para asegurar la maximización de la renta capitalista, necesita que la propia sociedad civil se autovigile con el argumento muy bien publicitado por los medios masivos de comunicación y los relatos por arriba, de “protegerse de la delincuencia”. El terror y el miedo devenido de “la percepción” construida mediáticamente, ha facultado al gobierno y a los municipios para la implementación y “democratización” de múltiples dispositivos de seguridad que antes sólo empleaban los bancos y el retailer.
Si durante la Unidad Popular, las Juntas de Abastecimiento Popular (JAP) y de distribución directa para hacer frente al mercado negro y al acaparamiento de mercancías como parte de la política imperialista para acelerar la caída de Salvador Allende; y en el ciclo de protestas contra la tiranía en los 80’ del siglo XX se autogestionaron modos de organización popular, como el “Comprando Juntos”, para sortear colectivamente y desde abajo el hambre; hoy la colaboración mutua se intenta desplazar exclusivamente al campo de la seguridad. Leal reflejo del propio desplazamiento presupuestario del Estado desde sus reparticiones destacadas a los derechos sociales hacia el campo de la seguridad interior en los ámbitos del fortalecimiento de las policías, la justicia, el subsidio y privatización carcelaria, Defensa, Interior, etc. El objetivo subyacente no es un misterio: el mandato es que el orden debe homologar la delincuencia con la insubordinación y desobediencia civil. La delincuencia, fenómeno propio de las relaciones sociales capitalistas, tiene necesariamente que igualarse al castigo contra la acción política organizada que enfrenta al capital. En consecuencia, la fascistización de la sociedad chilena, o el proyecto de éxito relativo de la ultraderecha sintetizado en la “UDI popular” ( https://es.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%B3n_Dem%C3%B3crata_Independiente ), es apalancado por el gobierno de la Nueva Mayoría, con la correlativa creación de demanda para el negocio de la seguridad y los guardias privados, donde sus dueños y miembros son normalmente uniformados en retiro.
El gasto fiscal en Defensa (FFAA), como en la seguridad interior del Estado, contienen el mismo sentido. Como Chile es plataforma financiera y comercial para un segmento de América Latina, el fin es proteger las inversiones del capital en los países vecinos hacia afuera, y a la vecindad barrial hacia adentro. De ahí, por ejemplo, el fetiche del mall como espacio privilegiado del intercambio y consumo real o virtual de los bienes y servicios.

Sexto.
En la actualidad, la población de Chile sufre un ajuste estructural antipopular. O como se nombra ahora, “plan de austeridad fiscal”. Si ya las reformas comprometidas por la campaña de la Nueva Mayoría no tocaban ninguna cuerda significativa del vanguardismo capitalista chileno, hoy Bachelet y su gabinete han señalado una y otra vez, que las reformas (descafeinadas por minuto) simplemente no se realizarán. No habrá educación gratuita ni de excelencia, no habrá modificaciones a favor del trabajo, no habrá proceso constituyente, no habrá impuestos relevantes para el empresariado. Los ahorros fiscales (calculados en alrededor de USD50 mil millones y colocados en el sistema financiero mundial) sólo se emplearán como reserva estratégica para el gran capital.
Está en curso y se intensificará la agenda y el programa de la comandancia en jefe del capital. Y como es tradición mundial y nacional, el ajuste estructural cae sobre el pueblo trabajador y la sociedad en su conjunto. La crisis de los amos se realiza en la socialización de sus efectos entre los esclavos.
El derrumbe de los precios de las materias primas y commodities, superiores garantías para la inversión, trabajo más precario todavía, aumento de la cesantía (va en 6.6% según las cuestionadas mediciones del Instituto Nacional de Estadísticas (INE), y se incrementará de acuerdo a la propia entidad), del empleo-basura y de la flexibilidad laboral; detener la inflación que se acerca a un 4% anual, el impacto que tendrá en las exportaciones la depreciación de la moneda chilena con la inminente alza de las tasas de interés del Banco Central norteamericano (FED), etc., son parte, tanto de la realidad, como del relato en ejecución de los mandarines.
Sobre la cesantía, el retailer, uno de los sectores más dinámicos de la economía, ha arrojado a la calle a alrededor de 7 mil asalariados/as en un año, según la Asociación de Trabajadores del Comercio. Cifras mayores anota la minería grande, mediana y pequeña, el extractivismo en general, la metal-mecánica y la siderúrgica locales. El aumento del trabajo a cuenta propia se expresa mediante la amplificación de la venta de cualquier cosa en la vía pública y las ferias populares. Los servicios financieros, telefónicos y el subcontratismo encogen tanto sus planillas laborales, como los sueldos, mientras la polifuncionalidad y el pago a través de boletas de honorarios hacen nata.
La mayoría de los hogares ha comenzado a dejar de endeudarse con los bancos comerciales (0.2 puntos porcentuales el trimestre abril-junio respecto del trimestre anterior). La gente privilegia la compra de bienes de primera necesidad que de artículos suntuarios. Los que antes podían salir a comer fuera de casa, ahora empiezan a hacerlo dentro. La comida chatarra y los fideos con salsa amplían su consumo. Y en el centro de Santiago, no hay bote de basura que no sea meticulosamente registrado por los que no tienen nada.
El poder le llama desaceleración económica a la baja de todos los índices de mejoramiento macroeconómico. De todos modos, cuando se suceden ciclos donde ascienden esos índices, ello sólo redunda en un mayor endeudamiento de los trabajadores/as.
El plan de austeridad fiscal para el pueblo griego tuvo su origen en la deuda creada por Alemania y Francia. El Estado chileno cancela religiosamente la deuda externa. Las formas que adopta el plan de austeridad en Chile tienen que ver con el empobrecimiento sistemático de los derechos sociales, las inequidades en todos los campos, la no ejecución siquiera de las reformas-bonsái prometidas por la administración Bachelet; la reestructuración presupuestaria y el encarecimiento del costo de la vida.
En la madrugada del pasado 24 de julio, uno de los obreros de la Confederación de Trabajadores del Cobre (subcontratismo del sector), Nelson Quichillao López, en medio de la huelga que llevan adelante, fue asesinado a balazos por las Fuerzas Especiales de Carabineros.
También la represión criminal del Estado se hace parte de las formas que adquiere el plan de austeridad fiscal en Chile. 

vía:
 http://rebelion.org/noticia.php?id=201582

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